sábado, 14 de agosto de 2010

Mais do mesmo. Viva a Hipocrisia!

No ultimo post, escrevi sobre a campanha, que continua a plenos pulmões, para difamar o Ministro Joaquim Barbosa. Citei dois blogs que escreveram sobre o caso, e peço licença para citar mais um. O advogado Thiago Gomes Anastácio escreveu uma ótima crônica no site Conjur. Veja:

Todas as revistas especializadas, eletrônicas e impressas, indicam há anos o Ministro Joaquim Barbosa como o maior inimigo da advocacia no Supremo Tribunal Federal. Como toda “moda”, essa pegou, e tornou-se lugar comum nas crônicas e noticiários forenses desde sua posse em uma das onze cadeiras da Corte. Fácil saber a origem disso: vindo do Ministério Público Federal, o Ministro Joaquim tem posições menos “garantistas” que as proclamadas por Ministros como Sepúlveda Pertence e Eros Grau, para não se ir tão longe (Evandro Lins e Silva e Victor Nunes Leal são nomes adequados, mas não conhecidos pelos jovens do direito).

O Ministro Joaquim tem, e deve-se respeitá-la, história de sucesso profissional como jamais se viu no macrocosmo do Direito brasileiro, com exceção, talvez, aos antigos rábulas do início do século passado; de faxineiro já na maioridade, à Ministro do Supremo Tribunal Federal, sua história é incomum e respeitável.

Inimigo da advocacia, porém, o Ministro não é. Joaquim Barbosa não é um ditador, nem mesmo funcionário público a jogar sua própria falibilidade técnica nos ombros dos advogados; é, somente, mais um daqueles profissionais do Direito que, com o tempo, e diante das circunstâncias da vida, vai percebendo como os poderes do Estado, oficiais ou não (falo da imprensa) são capazes de, com leves insinuações, destroçar a vida de inocentes, e com pesadas acusações, forjar marcas inapagáveis não apenas aos acusados, mas em familiares e seus círculos sociais. Promotor de Justiça Federal de formação, se perceberá, em sua conduta, afrouxamento de posições mais rígidas. De tanto apanhar da vida se percebe, com o tempo, que o mais fraco na relação estado/cidadão merece paridade de armas e presunções positivas.

E ser o mais fraco (peço licença ao administrativistas) é questão, apenas, de conveniência e oportunidade no mundo político judicial.

Basta ver os antigos promotores de justiça, nos tribunais do Júri, por exemplo: não se verificam berros, insinuações e palavras de ordem destes acusadores; esse privilégio cheio de equívocos é dos mais jovens.

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