quarta-feira, 7 de julho de 2010

Por um voto consciente

Lei da Ficha Limpa aprovada. Lei da Ficha Limpa aplicável à eleição deste ano. STF suspende efeito de condenação e permite candidato "ficha suja" concorrer. STF nega pedido de suspensão dos efeitos da condenação..... Sim, e daí? E daí que sempre estamos esperando que alguem faça algo por nós. Ouvi milhões de críticas quanto as decisões dos Ministros Gilmar Mendes e Dias Tofolli. Ouvi elogios a posição do Ministro Ayres Brito. Só que nesta história toda um "detalhe" chamou-me a atenção. Nós, aqui me refiro a sociedade, somos sempre sujeitos passivos desta história. Sempre sentados esperando o que cai do céu. Coube-nos o papel de coadjuvante. Só que nesta história, somos os atores principais. Quem elege os políticos? Eles representam a quem? A resposta é uma: NÓS. Está na hora de tomarmos a nossa verdadeoira posição no processo eleitoral. SSei também das dificuldades que esta condição nos impõem. Como recriminar quem não tem um pão pra comer que vende seu voto por R$30,00 reais???? Nada, nada ele garante alguns quilos de alimento. E por favor, não me venham com esta história de interesse social para recriminar tal atitude. Interesse social vale pra quem está inserido na sociedade. Sei também que temos os nossos "lideres comunitários" que funcionam como mercadores do voto alheio.
Mas, não é essa parte da população o alvo de minha afirmação. Falo de todos inseridos em sociedade e em condição de, livremente, escolher seu candidato. Pessoas que mesmo nessa condição escolhem homicidas, sanguessugas, taturanas e ladrões de todo tipo para dedicarem seu voto. Muitas vezes, tal escolha vem da satisfação de um interesse pessoal. É essa postura que deve ser mudada. É visão do "eu", que afunda a cada dia nosso Estado, que deve ser combatida. O mesmo que vota em um homicida reconhecido é aquele que grita contra a violência. Chega de hipocrisia. Hora de refletir.
O Movimento Nacional pela Valorização do Voto - MONAV - criou os dez mandamentos para um voto consciente. Leia e reflita, o nosso futuro só depende de nós.

1º - Valorizar e dignificar o voto, utilizando-o para o engrandecimento do PAÍS, fortalecimento e grandeza da DEMOCRACIA e segurança da FAMÍLIA, para garantia do futuro de nossos filhos e netos.

2º - Não permitir que a corrupção, forjada e manipulada pelo Poder Econômico, faça de seu voto um instrumento ao alcance dos que só estão interessados em satisfazer suas ambições pessoais.

3º - Repudiar candidatos que, fantasiando-se de idealista e humanitários, prometem mundos e fundos, além de dinheiro, emprego, alimento e remédio, com o intuito de explorar, em todos os sentidos, a boa-fé do eleitor.

4º - Condenar frontalmente os candidatos que, não respeitando a integridade do voto livre e consciente, exploram a miséria, com o objetivo de coagir eleitores a lhes dever favores e a votar por gratidão.

5º - Evitar votos brancos ou nulos com a desculpa de que nenhum dos candidatos merece ser votado, pois isso representa um julgamento injusto que poderá beneficiar os piores candidatos em prejuízo dos melhores.

6º - Advertir eleitores menos informados de que o voto secreto lhes garante a liberdade de consciência, que está acima de compromissos ocasionais e espúrios com candidatos corruptores. Votar em eleições livres é assumir compromisso com a própria consciência.

7º - Repelir a ação dos cabos eleitorais que, a troco de dinheiro e outras recompensas, agem como agentes comerciais intermediários, fazendo do voto alheio uma mercadoria lucrativa e relegando o eleitor ingênuo à condição de explorado.

8º - Desprezar qualquer tipo de propaganda eleitoral que atente contra a lei e a propriedade pública e privada, pois candidato que não respeita a lei não pode merecer o respeito e muito menos a confiança de eleitor que pretende valorizar seu voto.

9º - Nunca esquecer que o voto consciente é que contribui para fortalecer o verdadeiro poder democrático, que é o Poder do Povo, representado no Governo e nos Legislativos pelos cidadãos que são eleitos em eleições livres e soberanas.

10º - Defender, seja onde for, a valorização do voto, mediante reconhecimento de que todos nós, que possuímos título de eleitor, somos responsáveis pelos atos daqueles que elegemos e podemos ser responsabilizados pela democracia que temo

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