terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Comentários do Diego

Reproduzirei abaixo, o comentário do nosso sensacional amigo Diego sobre o post referente ao furto de alimentos em SC.

Amigo Rogério. O nosso Problema...

 

A questão do propósito do comportamento da vida humana, já foi levantada várias vezes; nunca, porém, recebeu uma resposta satisfatória e talvez não admitíssemos tal resposta pelo nosso grau de hipocrisia.

Alguns daqueles que tentaram formular a tal, acrescentaram que, se fosse demonstrado que o mau comportamento não tem propósitos, esta, perderia todo valor para eles. Tal ameaça, porém, não altera nada. Pelo contrário, faz parecer que temos o direito de descartar a questão, já que ela parece derivar da presunção humana, da qual muitas outras manifestações já nos são familiares, a corrupção, por exemplo. Porque ninguém fala sobre o propósito da vida dos animais, a menos, talvez, que se imagine que ele resida no fato de os animais se acharem a serviço do homem. Contudo, tampouco essa opinião é maleavelmente sustentável, uma vez que, existem muitos animais de que o homem nada pode se aproveitar, exceto descrevê-los, classificá-los e estudálos; Ainda assim, inumeráveis espécies de animais escaparam inclusive a essa utilização, pois existiram e se extinguiram antes que o homem voltasse seus olhos para elas.

 Mais uma vez, no meu ver, só a crença em Deus é capaz de resolver a questão do propósito da banalização da violência. Dificilmente incorreremos em erro ao concluirmos que a idéia de a vida possuir um propósito se forma e desmorona com o sistema em que vivemos, pois, não consigo imaginar uma criança, que não absorva um mau comportamento visto em qualquer lugar que seja. Voltar-nos-emos, portanto, para uma questão menos polemica, a que se refere àquilo que os próprios homens, por seu comportamento, mostram ser o propósito e a intenção de suas vidas. O que pedem eles da vida e o que desejam nela realizar? A resposta mal pode provocar dúvidas. Esforçam-se para obter felicidade; querem ser felizes e assim permanecer. Essa empresa apresenta dois aspectos: uma meta positiva e uma meta negativa. Por um lado, visa a uma ausência de sofrimento e de desprazer; por outro, à experiência de intensos sentimentos de prazer, por fazer o mal, e obter êxito naquilo que foi feito. Em seu sentido mais restrito, o nosso problema está em nós mesmos, não existe remédio, nem menos uma pena restritiva de Direito que empate uma má conduta. Não consigo enxergar.

 

 

“Quanto mais eu conheço as pessoas, mais eu gosto da minha prancha. E por mais força que eu faça para relevar, a todos os comportamentos que fogem dos ditames sociais, mais eu fico com dor de cabeça”

 

Diêgo Fidélis

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