quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Presidente do STF abre II Mostra de Arte da Pessoa com Deficiência

Na abertura da “II Mostra de Arte da Pessoa com Deficiência” – um dos diversos eventos do Programa de Inclusão Social da Pessoa com Deficiência no Supremo Tribunal Federal – “STF sem Barreiras”, o presidente da Corte, ministro Cezar Peluso, demonstrou sua grande satisfação de inaugurar o evento, que “coroa o esforço de uma década de luta no âmbito do STF, contra a discriminação e o preconceito aos portadores de necessidades especiais”.

A exposição foi aberta na tarde desta terça-feira, 21 de setembro – Dia Nacional da Luta da Pessoa com Deficiência. O Supremo, “como órgão máximo do Poder Judiciário, não poderia ser furtar, e não se furta, da responsabilidade de dar exemplo, garantindo às pessoas com deficiência o direito à efetiva participação na vida da sociedade, ou igualdade de tratamento e oportunidades”, afirmou o presidente.

O programa de inclusão social no Supremo foi criado em 2000, na gestão do ministro Carlos Velloso (aposentado), “uma importante caminhada”, disse o ministro Cezar Peluso. Ele ressaltou que ao longo de 10 anos o Supremo tem sido “incansável” no propósito de garantir direitos, melhorar as condições de acessibilidade, para que se possa “romper barreiras físicas e de atitudes”.

Para o presidente, ações como essa e a recente adaptação das tribunas de advogado das Salas de Sessões da Primeira e da Segunda Turma para cadeirantes são extremamente eficazes e necessárias. Peluso afirmou também que contratação do serviço de interpretação simultânea em Libras (Linguagem Brasileira de Sinais) procura demonstrar, para a sociedade, a postura que deve ser adotada pelas instituições.

O ministro concluiu seu discurso afirmando que a mostra “espelha a capacidade e o talento desses artistas que hoje nos brindam com o produto da sua arte”.

Expositores

O piauiense Ariosto Lopes, cego desde os três anos, se apresentou na abertura da mostra. O músico tem 53 anos é casado e tem seis filhos. Estudou na Escola de Música de Brasília, hoje toca violão, teclado, canta e já gravou seis CDs.

Com trabalhos expostos na mostra, Antônio Araújo Silva Filho, Tonico, 31 anos, tem síndrome de Down. Foi estimulado por meio de fisioterapia, fonoaudiologia e terapia ocupacional, entre outras. Começou a pintar em 2002, por influência do irmão, que também é artista plástico.

Seis artesãs com deficiência intelectual também apresentam seus trabalhos no STF. Elas têm entre 20 e 30 anos de idade e criam, desenham e confeccionam bijuterias desde 2004. Os benefícios foram tantos que as mães se uniram para criar o ateliê “D’As Meninas”. Graças à qualidade das peças, as jovens conseguiram a carteira de artesã profissional junto à Secretaria de Trabalho.

A II Mostra de Arte da Pessoa com Deficiência pode ser visitada no Espaço Cultural Ministro Menezes Direito, localizado no subsolo do edifício-sede do STF.


Fonte: STF

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