segunda-feira, 27 de outubro de 2008

A Letra do Diego


Viva as Adversidades Culturais!

Do pressuposto antropológico, que é uma ciência que estuda as diversas formações culturais do homem, onde, busca de forma elementar e sistemática explicar o funcionamento dos complexos culturais desde o início dos tempos. Entretanto, desde muito cedo, aprendemos, ou temos uma necessidade imposta por uma sociedade conservatorista, omissa e de certa forma ditatorial, que impõe-nos conceitos prévios, do tipo; - quem descobriu o Brasil!? De imediato você responderia Pedro Álvares Cabral. Mas, será que foi mesmo ele quem descobriu? Ou fomos nós mesmos que quisemos coroá-lo  com a descoberta de uma Nação?
Partindo do princípio lógico de que; - Quem descobri algo, não é aquele que a encontra primeiro, ou ainda, chega primeiro naquele local? Pois bem, muito antes de Pedro Álvares Cabral chegar ao Brasil nome este dado, por causa de uma árvore existente em abundância em nossas terras na época tupiniquins, ou seja, habitadas apenas por índios, aqui, já existiam os mesmos que foram escravizados pelos portugueses. Induzidos ao erro, de trocar quinquilharias por matéria prima. Que, se isso acontecesse nos dias de hoje, eles, os portugueses seriam certamente imputados nos Ilícitos Penais de Furto (155 C.P.), Estelionato (171 C.P) e entre outras coisas.
Logo, da premissa do principio lógico, retiro a seguinte contestação, os portugueses foram quem colonizaram o Brasil, e ainda, muito mal colonizado dica-se de passagem. Na verdade, quem descobriu o Brasil foram os índios. Agora, como eles chegaram aqui, isso eu não sei.
Segundo relatos desse Cacique da Tribo Tinguí-Botó – AL, os índios surgiram através da Mãe Natureza.
(risos...) Isso eu não posso afirmar.
Sei que, com a bem humorada visita desse índio a OAB-CDH, pude sentir o real sentido de alteridade, ou seja, uma forma preconceituosa de enxergar o próximo. Enquanto eu o estranhava, pela sua forma de falar, agir e se vestir, ou simplesmente pela ausência das minhas qualidades nele. Ele, de forma sucinta e ingênua estava encantado, de como eu poderia usar um terno, com o calor escaldante que estava fazendo em Maceió-AL naquele dia. O que deu para sentir foi que ambas as visões foram conceitos pré-estabelidos, (pré-conceito), que partiram do princípio da particularidade de cada um de nós. Ou simplesmente, visto terno porque a cultura do meu trabalho exige isso, e o mesmo acontece para ele.
Mas enfim, com as minúcias e particularidades a parte, o difícil seria imaginar eu defendendo um cliente de cocá e sunga, e ele em sua Tribo usando um relógio MontBlanc e terno de alfaiataria. (Finitos risos...)



“Enquanto o status for de mais valia, do que a cultura, ainda vai existir guerra, muitas guerras”.

                                                                                                      Diêgo Fidélis


INDICAÇÕES:

- Filme – Justa Causa. Um ótimo filme para quem gosta de suspense. Foi lançado em 1995 nos EUA, dirigido pelo renomado Diretor, Arne Glimcher. Tem, aproximadamente 101 minutos de duração. Muito bom, vale a pena assistir.

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